terça-feira, 24 de junho de 2008

Gaivotas....


EU QUANDO SAIO PELO MAR AFORA

FAÇO DE CONTA QUE JÁ VOU EMBORA

MAS APENAS FICO NAS MENTIRAS

QUE MATAM POR MOMENTOS MINHAS DESVENTURAS

TANTAS GAIVOTAS RODIANDO O BARCO

COMO CRIANÇAS RODIANDO ADULTOS

GAIVOTAS E CRIANÇAS SE MISTURAM

E FAZEM DO MEU BARCO A MINHA CALMA

MEU CORPO BALANÇA SOBRE AS ÁGUAS

E O OLHAR SE AFOGA NO MEU PRANTO

É QUE EU BEM DISTANTE LÁ DA TERRA

NÃO COMPREENDO GENTE QUE MALTRATA E ERRA

MINHAS MÁGOAS, TANTAS FRUSTRAÇÕES

EU VOU DEIXAR NESTE MAR QUANDO ANOITECER

E LÁ EM CASA NINGUÉM VAI SABER

QUANDO EU CHEGAR

VOU SORRIR E ADORMECER

QUANDO EU PARO O BARCO EM ÁGUAS MANSAS

OLHO DE REPENTE PRA ALTURAS

E PERCEBO EM MEIO A NUVENS BRANCAS

UMA GAIVOTA CALMA E SOLITÁRIA

ELA DEVE ESTAR OLHANDO O MUNDO

E TOMANDO CONTA DAS PESSOAS

ESTA GAIVOTA É IMPORTANTE

É PENA QUE ELA FIQUE TÃO DISTANTE

EU PERDIDO EM TANTOS PENSAMENTOS

ME PERGUNTO AS VEZES SE ELA SABE

QUE O AMOR SE PERDE POR DINHEIRO

E O HOMEM SE DESTROI NO MUNDO INTEIRO

MAS LÁ EM CASA NINGUÉM VAI SABER

QUANDO EU CHEGAR VOU SORRIR E ADORMECER...

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