domingo, 30 de maio de 2010

Dor...


“ Quando o coração sofre pelo que foi perdido,
O espírito se alegra com o que ficou”...

sábado, 29 de maio de 2010

Sem dizer nada...


Te fostes sem diizer nada...
então o silêncio nos envolveu,
como uma canção triste que vem
de muito longe e toca a alma...
Como um cobertor que aquece
O corpo na noite fria.
Nossos olhos por momentos
Olharam-se e não se viam...
Nossas mãos tentavam se tocar,
Mas não conseguiam.
Era o silêncio que nos invadia,
Deixando em nós apenas
Uma triste tentativa...
_Uma triste ironia!


(Valquíria Cordeiro)

Soneto da Saudade...


O céu desperta triste, em tom cinzento,

qual lhe fora penoso um novo dia;
aos poucos, verte, em gotas, seu lamento...
Um pranto ensimesmado, de agonia.


Um rouco trovejar, pesado, lento,
parece suplicar por alforria,
num rogo já exangue, sem alento...
A chuva... O cinza... A dor... A nostalgia...


O céu despertou triste... O céu sou eu,
perdida num sonhar que feneceu,
sou prisioneira à espera de mercê.


Sonhando conquistar a liberdade
desta prisão, que existe na saudade..
Saudade, tanta, tanta... De você!

(Patricia Neme)

Ternura...


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.


"Amar é querer estar perto, se longe; e mais perto, se perto."






(Vinícius de Moraes)

Amor meu...


Se hoje me sentires
a dançar pelo teu corpo
não te assustes
é que hoje acordei com a melodia
do teu amor
no meu coração.

(Peixoto Xavier)

Frustração...


No instante em que cruzastes meu caminho
Minha alma reconheceu-te de imediato.
Senti a atração que nos uniu em outra vida
Arrebatamento de um amor sem fim.
Tudo recordei e fui atrás de ti e da magia
Buscando a certeza recém adquirida.


Teus olhos me olharam em desconhecimento
Sem possuirem a luz que me recordarias.
Passastes alheio sem notar minha presença.
Eu te reconheci...
Tua alma não se lembrou de mim.


(Helena Frontini)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Encerrando Ciclos...


"Tudo isso dói. Mas eu sei que passa,

que se está sendo assim é porque deve ser assim,
e virá outro ciclo, depois. Para me dar força,
escrevi no espelho do meu quarto:"Tá certo que
o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?"
É o que estou tentando vivenciar. Certo, muitas ilusões
dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo,
eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros
insolúveis, becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver, não é?"

(Caio Fernando Abreu)



segunda-feira, 17 de maio de 2010

Equilibrio...



Não tenho mais nada para guardar,

quero lembrar, às vezes,
estou aí onde está seu amor,
minha paixão precisa ter vida na sua vida.
Às vezes quase me expulsei deste amor,
as marcas eram e são profundas demais,
tens o toque, a chave que comanda,
nada adianta estar limpo sem você.
Não me lembro quando estou longe,
ainda assim sinto-me junto,
como se a porta jamais fosse trancada,
os momentos que jamais são apagados.
Meu coração já não zanga de amor,
os silêncios são apenas para lembrá-la,
em mim tenho você, sem dor, sem acabar,
sem querer um dia morrer deste amor.

(Caio Lucas )


Amor antigo...


O amor antigo vive de si mesmo,

não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino não nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas, feitas
de carinho e beleza. Por aquelas
mergulhas no infinito mar, e por estas
suplanta até mesmo a natureza...

domingo, 16 de maio de 2010

A liçao do Cavalo...


Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades,
possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda.
Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá.
O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se que o animal não se havia machucado.
Mas, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate.
Tomou, então, a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, os animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo.
Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar,
mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguir sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo, fielmente, a seu dono na fazenda.
Se você estiver "lá embaixo", sentindo-se pouco valorizado,
quando, certos de seu "desaparecimento", os outros jogarem sobre você a "terra da incompreensão,
da falta de oportunidade e de apoio", lembre-se desta história.
Não aceite a terra que jogaram sobre você, sacuda-a e suba sobre ela.
E quanto mais jogarem, mais você vai subindo... subindo... subindo ... e consegue sair desse poço
que estar a sua vida!!!

Pra voce...





Não procure um amor...
Espere!
Não prenda ninguém;
quando se ama mesmo,
no amor não existe posse..
Existe companhia!
Disponha dos que vierem,
não despreze quem não quer
e não chore por um fim.
Um amor verdadeiro,
essencial,
começa bem mas não
termina bem.
Não termina bem porquê
nunca tem fim.



sábado, 15 de maio de 2010

A Saudade em mim...


Se me secas os olhos
de lágrimas derramadas
por ti meu anjo amante,
sabes então que,
em nenhum instante,
me esquecerei das horas
que passei contigo...


Se estendes suas mãos
ao meu cruel martírio,
na certa saberás
que nada me consola,
desta saudade algoz
que arde em minha alma!


Do monstro da incerteza
que mora aqui comigo,
que não me dá um alento
nem mesmo por esmola...
Que esfrega suas garras
no peito ensandecido,
porque viver sem ti,
não tenho mais vivido!!!


(Dorothy de Castro)

Mil poemas de amor...



Se eu tiver que escrever mais mil poemas
Serão todos... mil poemas de amor
Porque a dor que eu senti agora é jaz
E não cabem nos poemas que te dou
Os poemas que te dou, embora escritos
São desenhos de um amor, o mais bonito!
Mas é difícil a gente amar só com palavras
Só os versos, no final, não nos dão asas
Mesmo assim os poemas eu te dou
Vão dizer o quão bem que hoje estou
Vão bradar que por mais que haja distância
Nosso amar tem sua base na lembrança

(Adriano Hungaro)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Barco a de3riva...


Estou perdida...



Sem rumo...


Sem nenhuma resposta...


Estou como um barco a deriva


Perdido na imensidão do mar,


Dentro dele apenas o coração


E a alma iludida...


Um sonho de incertezas.


Ao meu redor é um mar de lágrimas


Onde navega o barco do amor...


Um coração que pulsa


Que busca respostas


Na luz da lua,


No brilho das estrelas,


Na brisa do vento.


Ondas quebram o silêncio


Desta noite perdida


Apenas duas lágrimas


Rolam dos meus olhos


Sem saber onde você está.


Quem é você afinal?


Que confunde meu coração,


Que me deixa sem rumo,


Que as palavras fogem.


Ah! Meu amor!!!!


Que madrugada fria,


E no mar a deriva


Eu continuo sozinha


Esperando que o dia amanheça


E que você apareça


Nos primeiros raios de sol.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um novo vôo...



Eu irei,
Sairei como cheguei,
Sem saber,
Sem querer...
Talvez um sorriso
Fique...
Quiçá,
Uma lágrima...
Mas irei sem tudo que
Pensei ser,
Ou pensei ter...
Algo aconteceu,
Algo precisa tomar
Outro rumo...
Irei com a mesma
Suavidade da borboleta
Que pousou na rosa
Ofertada com carinho...
E acompanharei
Seu novo vôo
Deixando o rastro
De uma saudade,
De um momento,
De um amor...

(Cida Luz)


"... Farei o possível para não amar demais
as pessoas, sobretudo por causa das pessoas.
Às vezes o amor que se dá pesa, quase como
responsabilidade na pessoa que o recebe.
Eu tenho essa tendência geral para exagerar,
e resolvi tentar não exigir dos outros senão
o mínimo. É uma forma de paz..."


-Clarice Lispector-



os vencedores no amor são os fortes.
Os que sabem o que querem e querem
o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!

Almas que se encontram...



Quando duas almas se
encontram
o que realça primeiro não é a
aparência física, mas a
semelhança dalmas.
Elas se compreendem e sentem falta
uma da outra.
Mas depois que se encontram
ficam marcadas, tatuadas e
ainda que nunca
venham a caminhar
para sempre juntas, elas jamais
conseguirão se
separar.
E o mais importante: terão de se encontrar
em algum lugar.
Se entristecem por não terem
se encontrado antes, afinal
tudo, poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho
é este e que não haverá retorno
para as suas pretensões.
Dizem que para o
amor chegar
não há dia, não há hora nem
momento marcado para
acontecer.

segunda-feira, 3 de maio de 2010



A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.


(Charles Chaplin)

domingo, 2 de maio de 2010

Sonho...



Um dia vou entrar num lugar
onde as lágrimas se tornarão diamantes
o oceano virá beijar a praia
meus olhos se transformarão em esmeraldas
e meus lábios em rubis


Voarei através do espaço
entregarei meu coração com um beijo
viverei sem tempo, nem espaços


estarei contigo em corpo, espirito, alma e pensamento
existirá apenas a casa quente do amor

~Myriam Valentina~


Você trouxe para casa
duas estrelas, paralelos
que se encontram no infinito,
onde nossas almas se entrelaçam
criando um desenho poético,
mudando as cores e tons
de mim em ti
de ti em mim...


~Myriam Valentina~


Como posso pensar que sou segura

Se em noites escuras meus pés estão fora do chão
Quando me sinto desmanchar como nuvens no ar
Fora de mim vejo a cidade sumindo
E sei que tenho pouco tempo
Neste perfeito círculo, caminharei sozinha
Carregando minhas cicatrizes
Envolta em coloridas matizes
O reflexo da água brilha em meus olhos
Mostrando algum sentido
Cada movimento comandado pelo caminho
Não se compara a minha luta
Nas manhãs frescas e úmidas
Outras luzes vão iluminar meu destino
Estarei em tuas lembranças
Como vinho doce e embriagante
Como um amanhecer recordado
Ou letras escritas num caderno desgastado


~Myriam Valentina~