quarta-feira, 30 de março de 2011

Flores jogadas no mar...




Quando as flores pousaram
Á beira de praia
Seus pés na areia molhada
Lembrando de tudo.


Daquela tarde de sol
Dos beijos em dias de paz...
Seus pés molhados da praia
As flores jogadas ao mar.


Quando as flores chegaram
Não existia mais amor
Essa coisa de tempo, eu não sei
Quem que essa maldade inventou!


As flores jogadas ao mar não choram
Moram em seus últimos minutos
Lembranças de algum amor, sujeito absoluto
Quando a magia era o abraço e a saudade um absurdo!


Mas ande sobre a areia e contemple as flores ao mar
Que é uma maneira doce de aprender a viver, sonhar e chorar.
Pelas flores jogadas ao mar...
Quando os homens amavam


E as mulheres a maresia no ar!



( Czar D’alma )

sábado, 26 de março de 2011



Eu me apaixono em cada esquina,
basta uma pitada de sorriso,bom humor,
alguém que por poucos minutos me faça prestar atenção na vida.
Eu me apaixono em cada olhar sincero, em cada gesto gratuíto,
em cada abraço dado,doado sem cobiça,sem recompensa.
Eu me apaixono apenas em uma palavra, na descoberta da minha carência,
na sua insistência em ficar ao meu lado quando todos foram contra.
Eu me apaixono por quem me é impossível,
por quem me pesca na beira do mar e me devolve a solidão!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tatuagem...




Estarei na tua vida
de uma forma definitiva.
Se foges, eu vou contigo
e em ti, estarei viva
numa perseguição
sem tréguas sem espaços.

Estarei em qualquer lugar
onde estiveres.
Que encantes
todas as mulheres...
Voltarás correndo
para os meus abraços!

Não adianta propagar
que chegamos ao fim.
Estou no meio do caminho,
vais tropeçar em mim,
nunca em tua vida deixarás
de ver a minha imagem!

Que me venha o perigo,
tua fingida indiferença...
Em tudo que executares,
sentirás minha presença.
Serei eternamente
a tua definitiva tatuagem!

(Arethuza Viana)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu vou te amar...


Eu já aprendi a enxergar
a luz na escuridão...
Percorro meu caminho sem
querer morrer-me...
Na mansidão do amor vou
me renovando e me doando
inteira...Eu já sei domar os
instintos ferozes do
coração...Já não me precipito.
Sei que tudo tem o exato instante
de acontecer... De ser.
E assim vou deixando vestígios
de mim em tua vida para que
sempre me encontres a cada
pensamento... A cada respirar...
E para que aprendas a ouvir
o sussurro da minha alma
dizendo-te que por toda a
minha vida, eu vou te amar...


(Cida Luz)



O medo de sofrer é pior de que o próprio sofrimento..
E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos
seus sonhos...


(Roberto Gaefke)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Se ao menos...


Você não esta ao meu lado,  parece que te perdi em algum momento do passado, em algum detalhe, ou pelo conjunto da obra, te perdi!



Se ao menos você soubesse o que ainda guardo por você dentro do coração, talvez balançasse, talvez repensasse e me visse do seu lado, como prometemos como achei que ia ser.


Se ao menos eu soubesse o que se passa dentro do seu coração, talvez te levasse ao céu, não, não com palavras, mas com tudo o que ainda guardo de uma noite onde pude ver o paraíso, mas não pude conhecê-lo.


Se ao menos...


Você me permitisse pela ultima vez, eu colocaria em pratica tudo o que eu sonhei.
 
( Marcos Fema )

A Peça...


Lá esta você, solitário
Vendo a peça a me esperar
Suas palmas ecoam pelo teatro vazio
E mesmo que a multidão tomasse conta das cadeiras
O lugar iluminado seria o seu


A cortina se fechou
E a luz se apagou
Como num toque de mágica tudo acabou
Escrevi um romance e atuei feito uma tragédia grega
Uma historia que só tinha eu, você e o amor


Consegui errar em tudo
Você se foi
Minha arte foi um fracasso
Minha obra saiu de cartaz
E sobrou um sorriso sem graça de um artista decadente


Lá esta você, solitário


Rindo da minha atuação
Eu não me importava de ver só você na minha platéia
A minha alegria era o teu sorriso
O fim era anunciado
Eu tinha apenas uma noite para provar que o amor era de verdade
E que a minha vida sempre imitou a arte

Escrevi um romance
Acho que errei em alguma escrita
Porque a peça acabou
E você se foi junto com o meu amor.


(Marcos Ferna)

A dor queima...


Amargurada sem rumo,
Ando perdida
Vagando pelos becos
As noites parecem durar
Uma eternidade
Um grito de lamento,
Um suspiro, um olhar
Sigo meu destino
São horas dias semanas
Meses, anos, já estou
Sem forças para lutar
O desprezo dói machuca.
O abandono queima como brasa,
A indiferença magoa
Atinge meu coração,
Como flecha
Tento mas não consigo
Seguir em frente,
Meu corpo cansado,
Já sem esperanças
Entrega-se e repousa
Na relva molhada
Na beira da estrada.
Só com desejo
de te encontrar.



(Fàtima )

Não se nasce mulher:
torna-se.
 
( Simone de Beauvoir )

domingo, 6 de março de 2011

Prece


dá-me a lucidez das
correntezas para que eu descubra
entre as tristezas que se
avolumam algum
sorriso mesmo
que não seja para mim
dá-me a serenidade de uma
estrela para que eu imagine
entre as lágrimas que não
me deixam qualquer
paz ainda
que breve
dá-me a claridade das
luas cheias para que eu invente
entre as angústias que se esparramam um
horizonte mesmo
que se transmude em ilusão
dá-me a esperança das
árvores para que eu teça
entre as ausências que se
imensificam uma sanidade ainda
que estofada de
delírios

(Adair Carvalhais Júnior)

Como explicar estranhos sentimentos .
Chegar sentir o cheiro ,de quem nunca viu
e estar a milhões de eternidades .DESENCONTRADOS
Buscando um ao outro ..
Sei não,
é o doce mistério do amor ..
Se me fosse dada a escolha ,
queria ser uma folha seca
mais leve que a leveza .
mais rápida que a velocidade da luz .
Entrar no vento confiante e feliz
chegar onde estás .
olhar no fundo de seus olhos .
é nesta hora que posso ver sua alma .
Podendo então .
Fundir minha alma na essência de sua alma .
E ser feliz .


(Rai Barros)

Eu sou essa pessoa, a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus, sem tentação de volta.
Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza.
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
iá de horizonte libertada, mas sozinha.
Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me:não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.
Pelos mundos do vento, em meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
"Agora és livre, se ainda recordas."
(Cecília Meireles)

A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios... 


(Autor: Rainer Maria Rilke)