sábado, 10 de abril de 2010

Resposta de uma Alma


Sim, de muito longe eu venho,


sinto-me tão exausta, tão cansada!


Que quase forças já não tenho ...


Vivo sozinha, nunca fui amada!




Na tua alcova eu não posso entrar,


nem sentir a tepidez do teu ninho,


a estrada continuo a palmilhar.


É tarde! Não posso ter o teu carinho ...


Sigo esta estrada sem fim, deserta,


imensa e nua,


vou caminhando vendo a luz radiosa,


Nunca foste meu e eu nunca fui tua ...




Lamento ter que seguir tão sozinha,


deixando esta jóia tão preciosa!


Que infelizmente não pode ser minha ...




Não entrei ...


Saudades sei que não deixei,


mas confesso,


saudades de ti eu carreguei! ...



((Noêmia de Oliveira))

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