sábado, 9 de janeiro de 2010

Lagrímas de uma flor...



Ainda ontem colhia ramos de violetas
em tuas perfumadas poesias de encantar...
Inebriava-me com o teu sorriso de borboleta
a esvoaçar pelo horizonte azul do meu olhar...
Nas pétalas acetinadas de teus lábios de jasmim
vislumbrava o infinito em acordes de sinfonia,
regatos de carícias secretas só para mim...
Tua voz ainda entoa o amor em tua melodia,
suave harmonia...tonalidades de alegria.
O mesmo jardim...as mesmas emoções sem fim,
sentimentos emoldurados pela luz amorosa
de um misterioso arco-íris que nos envolvia
com as cores calorosas da paixão...

Palco de nossos infindos sonhos e fantasias
jardim de profundos desejos...
jardim de perfeitas quimeras.
Mas, hoje o desalento despiu o desabrochar
dos beijos e abraços em flor...

O sonho de violetas transformou-se em dor!
E os versos que iamos colher à Primavera
das resplandecentes estrelas...
cristalizaram-se em lágrimas de saudade.
Lágrimas soltas numa aurora triste...amargurada...
orvalhada em nossas lembranças sonhadas.



A flor de uma lágrima desliza ainda na madrugada
solitária do meu coração ávido em te amar...
Lágrima suspensa em enigmas por desvendar,
nas avenidas floridas da tua ausência, derramada.

Fanny

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