sábado, 13 de fevereiro de 2010

MINHAS MÁSCARAS...


Dias de alegria, felicidade que contagia


amor no tempo certo conjugado,


sonhos embalados na fantasia


emoções em amar e ser amado.



Momentos assim eternizados


na alma que levitava,


corpos e sentidos sincronizados


dança sublime que encantava.



Vem de longe, muito distante,


um vento frio, irônico e insano,


congela todos os instantes


e deixa as marcas do desengano.



A saudade bem ligeira aporta


bate dorida e frequente,


mas ninguém se importa,


só sofre quem a sente!



O olhar perde o brilho de euforia,


tristeza infinita o desbota.


Solidão escurece a luz do dia


fluem emoções em cores mortas.



A face, antes livre e exposta


disfarça a marca da desilusão,


máscaras ora são impostas


no degredo da ilusão.



Quando enfim, longe da fria vida,


posso despir todas minhas dores


a lágrima brota, livre e sentida


transborda rios de dissabores.

Escorre por entre as mãos frias,


as mesmas que foram suas


e se perdiam na magia das carícias.



Hoje escondo o sofrimento,


pois aprendi a camuflar


o canto dos meus lamentos.



Anna Peralva

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