sábado, 11 de abril de 2009


DE AMOR MAIS NADA RESTA



De amor nada mais resta que um Outubro

e quanto mais amada mais desisto

quanto mais tu me despes mais me cubro

e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro

porque se mais me ofusco mais existo.

Por dentro me ilumino, sol oculto,

por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes.

Estou morta na quermesse dos teus beijos.

Etérea, a minha espécie nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço

mais de terra e de fogo é o abraço

com que na carne queres reter-me jovem.
(Poema: NATÁLIA CORREIA)
Beijos amor te amo!
Geraldo

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